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O que caracteriza más práticas de comunicação institucional e o mau exercício profissional nas relações públicas?

Os conselhos profissionais de Medicina, de Engenharia e de Advocacia protegem a cidadania de maus médicos, maus engenheiros e maus advogados.​

No caso de más práticas de comunicação institucional, indaga-se:
 
- Quem protege o cidadão...
​
 ... de um resultado de pesquisa de opinião divulgado de forma incompleta?
 
 ... de uma concessionária de serviços públicos que desdiz os fatos?

 ... de uma empresa que engabela o seu acionista com a publicação de “fato relevante” insatisfatório, “informes publicitários” vagos, “relatórios” que apresentam aos acionistas um discurso não substantivo?
 ... de uma ONG que sequer publica os seus estatutos, mas põe-se a levantar fundos? 



 ... de tantos comunicados que nos chegam e aos quais nós, profissionais da comunicação institucional, atribuímos credibilidade zero, mas contra os quais o cidadão desavisado não tem defesa?​

Por ter, basicamente, a mesma formação que jornalistas e publicitários, o relações-públicas tem condição inigualável de – com distanciamento – fazer a leitura crítica da mídia, uma vez que não se encontra imerso em seu processo produtivo.
 
Como jornalistas e publicitários poderiam – fora do ambiente acadêmico – refletir sobre e discutir suas práticas à luz do interesse público legítimo, se têm que seguir, nas empresas, manuais restritivos, além de extenuantes rotinas de trabalho? O RP é perfil talhado para esse trabalho de levantamento e ausculta, no interesse de grupos sociais e da cidadania em geral.
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